domingo, 11 de julho de 2010

A propósito de relações

"O nosso tempo era menos perigoso" "No nosso tempo os miudos andavam mais à vontade" "no nosso tempo haviam menos perigos" "com a tua idade já estava casado (a)" " com a tua idade já tinha 2 filhos" "Já podias ser pai/mãe"
Amostras de frases que ouvimos a toda hora.
Alguém consegue explicar o sentido das palavras, dinâmica, motivação, interesses, mudança, e até formatação.
Porque é que nos metem na cabeça que a felicidade é algo formatado e conotado com:
casamento, ser médico ou advogado, ter filhos aos 25, ser heterossexual, ter um emprego para a vida, comprar uma casa, viver na cidade, viver no campo, viver para sempre no mesmo sitio...

A Terra não pára de dar voltas, devagarinho, mas não pára... e nós embora estejamos distraídos vamos com ela... e estamos em constante mudança... os nossos interesses, as nossas emoções, as nossas necessidades mudam... mas a nossa mente estagna, a infelicidade para mim vem dessa disparidade entre o nosso ritmo interior e aquilo que achamos ou que nos dizem ser o certo. "Obrigam-nos" a parar quando sabemos que não é certo, e a certa altura quase nos convencem de que é isso que devemos fazer... ocorre-me uma imagem de um elástico agarrado a qualquer coisa, preso e um objecto a rodar... devagarinho e o elástico a esticar, esticar, esticar... quando mais esticado mais infelizes estamos, mas nos sentimos presos a algo que já não faz qualquer sentido. Até ao dia em que o elástico parte, cede... e levamos com um esticão que nos faz acordar...

Bem aventurados aqueles a quem o elástico cede.

Saramago numa entrevista disse " se tivesse morrido aos 63 anos, antes de conhecer a Pilar, teria morrido mais velho do que o que me sinto hoje"

Felicidade é ir ao encontro do que faz sentido por dentro, felicidade é aceitar. Felicidade é respeitar antes dos outros, a nós próprios. Até porque se felicidade para alguém é ter uma casa na praia, para outro pode ser ter uma casa no campo.
O que muitas vezes nos custa é aceitar que as pessoas que gostariamos que passassem a vida connosco, tem outra felicidade por dentro, a deles (as). O que faço quando sinto isso, é pensar como me sentiria se alguém me pedisse para mudar o que me faz feliz para fazer feliz a outra pessoa, mesmo com o argumento do "sermos felizes juntos". Isso chama-se egoismo, e não amor.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Ayez le courage

"Ayez le courage d'étre vous-mêmes, fiers de vous certitudes, constants dans vos choise... et amusez-vous!!!"


Odon, Charleroi Belgique Maio 2010

quinta-feira, 8 de julho de 2010

"Se estiver ao nosso alcance é nossa obrigação fazê-lo"

Joaquim Magalhães

Hoje tive um momento daqueles que nos mostra que de facto a minha profissão e a nossa sensilibilidade traz frutos. Uma aluna que durante 3 anos pouco ou nada foi valorizada, porque o ensino regular a catalogou como menos capaz, terminou um estágio com distinção. Foi muito bem acompanhada, e revelou ser uma excelente profissional, daquelas pessoas que parece que nasceram para trabalhar com crianças. A aluna ouviu elogios que nunca tinha ouvido da parte da orientadora, e chorava, não tinha noção do seu próprio valor.
O sorriso dela depois desta reunião, sereno, confiante, leve, feliz é indescritivel.

Regresso

Um cheirinho de um novo livro,

"Prazer" de Miguel Graça Moura...

um regresso ao blog, uma noite cheia de boa energia.

Obrigada Nini

domingo, 6 de setembro de 2009

Sendo assim...

"(...) Adoravas sentir e pensar que eu te tomava pelo teu guardião e protector, que a minha própria vida estava nas tuas mãos, na tua pericia ao volante e nas tuas sábias decisões! E, todavia, oh meu querido, se tu soubesses que quando eu verdadeiramente gostava de ti era quando te surpreendia com um ar de menino perdido e contente, quando te via cansado ou assustado, quando fingias saber onde estavas e não fazias ideias, quando à noite na tenda me encostava a ti e só então tu adormecias, embora fingisses estar a dormir há muito!"

In No teu deserto, quase romance.

No teu deserto (Quase Romance)

"Às vezes, lá onde moro, fico à noite a olhar as estrelas como as do deserto e oiço o tempo a passar, mas não me angustia mais: eu sei que é justo e que tudo o resto é falso"

Miguel Sousa Tavares

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Efeito Boomerang

"Deixa-me contar-te uma velha história, que poderá ajudar-te a compreender melhor - continuou Julian. - Era uma vez uma velhinha frágil a quem falecera o marido carinhoso. Depois de enviuvar, ela foi viver com o filho, a nora e a neta. Todos os dias, a vista da senhora piorava e o mesmo acontecia com a sua capacidade auditiva. Às vezes, as suas mãos tremiam tanto, que as ervilhas rolavam do seu prato e a sopa escorria-lhe pelos cantos da boca. O filho e a nora ficavam aborrecidos com a porcaria que ela fazia e, um dia disseram que já chegava. Portanto, montaram uma mesinha para a senhora, a um canto da cozinha, junta da despensa, e obrigaram-na a comer ai, sozinha. Ela olhava para eles à hora da refeição, com os olhos rasos de lágrimas, mas eles nem se davam ao trabalho de lhe dirigir a palavra enquanto comiam, excepto para repreende-la por ter deixado cair a colher ou o garfo.
"Uma noite, antes do jantar, a netinha estava sentada no chão, a brincar aos legos. " O que é que estás a construir?" perguntou o pai, todo interessado. "Estou a construir uma mesinha para ti e para a mamã", disse ela, " para vocês comerem a um canto, quando eu for grande". O pai e a mãe ficaram tão constrangidos que não falaram durante o que pareceu uma eternidade. Depois começaram a chorar. Nesse instante, tomaram consciência da natureza dos seus actos e da tristeza que haviam causado. Nessa noite, levaram a velhinha de volta para o seu devido lugar à mesa e, a partir desse dia, ela comeu todas as refeições na companhia deles. E quando um pedacinho de comida caía da mesa ou um garfo aterrava no chão, já ninguém parecia importar-se"
"Nesta história os pais não eram pessoas más. - disse Julian. Precisavam simplesmente que a centelha da consciência ateasse a sua vela da compaixão."


in " O Monge que vendeu o seu Ferrari" Robin Sharma

domingo, 7 de junho de 2009

Eu tenho um Melro - Deolinda..



Eu tenho um melro
que é um achado.
De dia dorme,
à noite come
e canta o fado.

E, lá no prédio,
ouvem cantar...
E já desconfiam
que escondo alguém
para não mostrar.

Eu tenho um melro,
lá no meu quarto.
Não anda à solta,
porque, se ele voa,
cai sobre os gatos.

Cortei-lhe as asas
para não voar.
E ele faz das penas
lindos poemas
para me embalar.

Melro, melrinho,
e se acaso alguém te agarrar,
diz que não andas sozinho
que és esperado no teu lar.

Melro, melrinho
e se, por acaso, alguém te prender,
não cantes mais o fadinho,
não me queiras ver sofrer.

E não voltes mais,
que estas janelas não as abro nunca mais.

Eu tenho um melro
que é um prodígio.
Não faz a barba,
não faz a cama,
descuida o ninho...

Mas canta o fado
como ninguém.
Até me gabo
que tenho um melro
que ninguém tem.

Eu tenho um melro...
(-Que é um homem!)
Não é um homem...
(-E quem há-de ser?!)
É das canoras aves
aquela que mais me quer.

(-Deve ser homem!)
Ah, pois que não!
(Então mulher…)
Há de lá ser!?
É só um melro
com quem dá gosto adormecer.

Melro, melrinho...[refrão]

E não voltes mais,
que a tua gaiola serve a outros animais.

In my arms

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Chasing pavements

I've made up my mind,
Don't need to think it over,
If i'm wrong i am right,
Don't need to look no further,
This ain't lust,
I know this is love but,

If i tell the world,
I'll never say enough,
Cause it was not said to you,
And thats exactly what i need to do,
If i'm in love with you,

Should i give up,
Or should i just keep chasing pavements?
Even if it leads nowhere,
Or would it be a waste?
Even if i knew my place should i leave it there?
Should i give up,
Or should i just keep chasing pavements?
Even if it leads nowhere

I'd build myself up,

And fly around in circles,
Wait then as my heart drops,
And my back begins to tingle
Finally could this be it


sexta-feira, 22 de maio de 2009

Cativa-me e eu cativo-te... O que é o amor?




Principezinho

...E foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
- Ah! desculpa, disse o principezinho.
- Que quer dizer "cativar"?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."
- Criar laços?
- Exactamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo... Se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
- Por favor... cativa-me! disse ela.
- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer alguma coisa. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me! ...

Antoine de Saint Exuperry

"casamentos e infidelidades"




"Não podemos construir a nossa felicidade em cima da infelicidade dos outros."

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Best friend love...



Amar alguém que é o nosso melhor amigo será utopia?
Porque é que isso dificilmente acontece?
Porque quando amamos alguém queremo-lo(a) sempre colado(a) a nós... até ao mais generoso dos seres humanos toca o egoísmo e a sensação de ciume quando ama. :) Mas acredito que é possível. E só o tempo transforma essa pessoa em nosso amigo, só com o tempo confiamos plenamente, e passamos a permitir que o outro entre em nós sem reservas... só assim nos entregamos também... e só se entrega quem também sente entrega.

The way... gosto

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Relendo-me...

Força...

Pensamos por vezes que queremos muito uma coisa e para isso fazemos muita força. Por um lado acho que é esse o caminho, a luta pelo que acreditamos, pelas nossas convicções, aquelas que alguns mudam ou ajustam para chegar à felicidade, ou aquelas que há quem não abdique e as prefira à própria felicidade. Pergunto:

Não estarão completamente interligadas? Não estarão as convicções na base da felicidade? Se essas convicções não me trazem felicidade porque não as repenso? porque não as ajusto?

Será que parece falta de personalidade a flexibilidade? Ou precisamente o contrário?
Entendo uma coisa, que as nossas convicções nos balizam a vida, e a tornam mais confortável e segura, porque quando nos questionamos perdemos um pouco o pé, deixamos de ter algumas das guias que nos orientam, e isso assusta, dá medo.
Mas quando as questões me surgem, e a felicidade me escapa, não consigo deixar de querer resolver a origem disso,que lá está... podem ser as ditas convicções, se calhar as que subscrevi até ali já não me servem...

Falta de personalidade, reeitero? Não. Capacidade de adaptação ao que é novo. Ou em termos médicos cicatrização.

Sabes que mais? Pensar menos é viver mais, só assim se sente mais, só assim (em resposta a uma partilha de hoje) o amor pode surgir... sem planos, sem força, sem pressa, sem pressão, sem previsões. :)

E amar demais não tem de ser assustador... para além de que só tem mais uma letra que mar. eh eh eh

Faz quase um ano este sonho...

Sonho?

Sonhei com um rio/
calmo/
e uma velhota/
que queria em paz entrar no rio/
mas ninguém a deixava ir/
porque tinham medo que ela se afogasse/
ela fez várias tentativas/
e sempre alguém a impedia/
de lá entrar/
o corpo dela estava já muito velhinho/
e ela queria ir/
de repente todos se distraíram/
e ela foi/
devagar/
sem ninguém notar/
a sorrir/
a descer cada vez mais/
a deixar de se ver/
e quando entrou no rio/
completamente/
transformou-se num morcego/
e voou/
o morcego era lindo/
passou por mim/
ia a sorrir/
ela só queria ir/
e não a deixavam/
ela tinha dores com aquele corpo/
e as pessoas egoístas não a deixavam ir/
porque gostavam dela/
porque precisavam dela/
dependiam de a ajudar/
dependiam da fragilidade dela/
para se sentirem fortes/
e ela só queria ir/
só queria não ter mais dores/

e foi... /voou/ e feliz.../ em paz

acordei a chorar ... e ouvi:

"Amor foi só um sonho"

Será?

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Para comprar um / O perfume

Para comprar O perfume que me "assenta" gosto de o experimentar, andar o resto do dia com ele, e no fim do dia senti-lo com mais atenção... ao fim do dia e ao longo do mesmo... acho que encontrei o proximo. O meu proximo...

Anunciando e chamando o verão...

Pablo Neruda

"Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente, quem abandona um projecto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples facto de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade."

Pablo Neruda

Tia, tive de te "roubar" isto do teu blog :) Obrigada :)

Voltando do deserto...



O deserto que atravessei
Ninguém me viu passar
Estranha e só
Nem pude ver que o céu é maior

Tentei dizer
Mas vi você
Tão longe de chegar
Mais perto de algum lugar

É deserto onde eu te encontrei
Você me viu passar
Correndo só
Nem pude ver que o tempo é maior

Olhei pra mim
Me vi assim
Tão perto de chegar
Onde você não está

No silêncio uma catedral
Um templo em mim
Onde eu possa ser imortal
Mas vai existir
Eu sei, vai ter que existir
Vai resistir nosso lugar

Solidão, quem pode evitar?
Te encontro enfim
Meu coração é secular
Sonha e desagua dentro de mim
Amanhã, devagar
Me diz como voltar

Se eu disser que foi por amor
Não vou mentir pra mim
Se eu disser deixa pra depois
Não foi sempre assim

Tentei dizer
Mas vi você
Tão longe de chegar
Mais perto de algum lugar

segunda-feira, 13 de abril de 2009


Amanhã vou...

A piscina, trabalhar, trabalhar... e por fim, mas não no fim ouvir o rouxinol...

O meu ...


Erros?

Nunca me disseram "Foste um erro na minha vida" também nunca senti que alguém tivesse sido um erro na minha vida, mas nos últimos tempos senti algo, completamente diferente, que me fez confrontar pela primeira vez com o facto que há realmente "erros" que cometemos. "Erros" que estragam os nossos próprios sonhos, e que há pessoas que podem realmente ser um "erro" na nossa vida, mas esses "erros" fazem parte do que somos agora.
Sempre olhei ou tentei olhar os "erros" emocionais como aprendizagens, mas creio que está na hora de olhar de frente para esses "erros" e aceitar que são "APENAS ISSO". Não esperar mais daquilo que não são.
Pela primeira vez o silêncio, o vazio da tentativa de entendimento me perturbou. É por isto que tenho "medo" do silêncio... Em tempos tive alguém que ficou magoado comigo e me disse tudo, me chamou todos os nomes, me deu espaço para lhe responder, e hoje não somos amigos, (ainda) não nos damos mal, mas há paz entre nós.
Há alturas na vida que fugimos da verdade, outras há em que queremos que nos digam toda a verdade, que nos contem, que partilhem tudo. Até chegar à fase em que o melhor é mesmo só saber parte, só algumas coisas. Há informação que só nos magoa mais... Há informação perfeitamente irrelevante, e outra profundamente relevante que muitas vezes nos é omitida, esse é o silêncio que me "esturba".

visitem também...

http://poetinhadumraio.blogspot.com/2009/04/es-um-erro-na-minha-vida.html

segunda-feira, 30 de março de 2009

sábado, 28 de março de 2009

quarta-feira, 18 de março de 2009

segunda-feira, 2 de março de 2009

Regra

Quando damos o que nos faz falta mais tarde ou mais cedo vamos cobrar.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Vim...

Primeira impressão, frio, muito frio, e eu ainda com sono, porque dormi pouco na noite anterior.
De resto, um passeio ao frio, uma caminhada valente que me deixou cansada, e um inicio de inglês que se apresenta muito rusty, muito enferrujado. Mas vou trabalha-lo.
88, Trafalgar Square, St. Martins in the Fields onde tive o privilégio de assistir a um ensaio de um concerto de Bach, National Portrait Gallery e umas voltinhas pela rua dos teatros, já deram lugar a um joelho queixoso e a uma caixa toráxica pouco trabalhada... de volta ao 88, e home to rest... tomorrow I´m gonna visit The Globe and the Tate :)
Quero só mostrar o meu agrado e qui ca uma ideia para os amigos lusitanos, com uma cena lindissima num museu super conceituado onde aparente e teoricamente "devemos" ter comportamentos serios e rigidos. Estava um grupo de crianças e respectivos pais deitados no chão a desenhar, a pintar, a brincar com os quadros da Galeria, crianças pequenas completamente envolvidas na arte. Leva-me a relacionar com Daniel Pennac, uma reconciliação com a pintura, uma chamada dos museus à geração futura. Tão bom que dei por mim encostada a uma das paredes a assistir àquela cena com um sorriso enorme e cheia de vontade de fotografar, mas achei que não, podia perturbar a concentração das crianças e incomodar os pais.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Paradoxo ou não... para hoje...

"Somos livres de escolher, mas obrigados a decidir"

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Palavras alheias com que me identifico

Gosto de sentir quando as palavras dos grandes escritores servem para descrever o que sinto, o que me vai na alma. Parece que eles me conseguem ler, que me entendem. É estranho, mas isso alivia-me, porque me verbalizam. E fazem-no de uma forma que torna belo o mais sofrido sentimento.

Surge-me agora a letra da música:
"Todo o grande amor, só é bem grande se for triste...
Mas meu amor, não tenha medo de sofrer, pois todos os caminhos me encaminham para você"

Saudações à Poetinha d'um raio que admiro, quando "abre" a torneira da sua alma para as teclas do computador... sai o que sair, a verdade é que é tão genuína que dá imenso prazer de ler :)

Cansaço

O que há em mim é sobretudo cansaço —
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.

A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto em alguém,
Essas coisas todas —
Essas e o que falta nelas eternamente —;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada —
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...

E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço,
Íssimno, íssimo, íssimo,
Cansaço...

Álvaro de Campos, in "Poemas"

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Cervantes

"Amor e desejo são coisas diferentes. Nem tudo o que se ama se deseja e nem tudo o que se deseja se ama."
Miguel de Cervantes


E pergunto eu, podemos desejar o que amamos? Amar o que desejamos?

"Uma coisa não implica a outra", mas uma coisa não impede a outra.

Mostra que vou...

domingo, 4 de janeiro de 2009

Fala

Fala a sério e fala no gozo
Fá-la pela calada e fala claro
Fala deveras saboroso
Fala barato e fala caro
Fala ao ouvido fala ao coração
Falinhas mansas ou palavrão
Fala à miúda mas fá-la bem
Fala ao teu pai mas ouve a tua mãe
Fala francês fala béu-béu
Fala fininho e fala grosso
Desentulha a garganta levanta o pescoço
Fala como se falar fosse andar
Fala com elegância - muito e devagar.


Alexandre O'Neill

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Amor

"O ser humano é mesmo um bichinho triste às vezes
qualquer animal
quando está na presença de outro que gosta, diverte-se, brinca, corre, salta,
e quando já fez isso tudo vai embora e pronto
sem peso
e depois recomeça
encontra outro bicho e volta a fazer tudo sem medo
e torna a ir embora e pronto sem peso
o ser humano é burro
acha que amar é cortar os pulsos e carregar um peso nas costas
Se levas a mala cheia de pedras depressa te cansarás"

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

O retorno de Saturno - 28 anos

Márcia Mattos - Astróloga

Entre os 28 e 30 anos de idade, ocorre o primeiro retorno de Saturno, ou seja, o planeta em trânsito se posicionará no mesmo local em que ele estava no momento de nascimento da pessoa e iniciará uma nova volta em torno do zodíaco.Novamente, como em todo trânsito de Saturno, ocorre um doloroso rito de passagem, envolvendo responsabilidades, desta vez maiores do que nunca. A partir deste período, muitas coisas que antes eram parte de uma gama de opções se tornam definitivas. É o momento de determinar o que vai dar impulso aos próximos 28 anos e tudo o que é decidido tem sua repercussão e conseqüência. Este período representa também o fechamento sobre todo o passado de dependência familiar, uma liberação final de tudo que ligava às servidões da infância e da adolescência, uma aquisição definitiva de autonomia. É o ponto final do caminho de relaxamento de responsabilidades dos pais sobre os filhos.Aos 28 anos, as pessoas começam a se preparar para inverter os papéis. Nesta época, surge a necessidade crescente de se fundar um lar, ter filhos, educá-los e progredir profissionalmente. É a chegada definitiva da certeza da sua responsabilidade em relação aos outros, em que se procura gerar confiança em que os cerca e se começa a pensar seriamente no futuro. É o primeiro contato com a sensação de que o tempo passa e que a velhice não tarda a chegar, por isso a intensificação das cobranças internas. Não é mais tempo para ilusões e sim para definições.Nesta época, as pessoas começam a adquirir um senso de responsabilidade não apenas para si próprios, mas também para aqueles que o cercam. Começa-se a perceber que as suas decisões terão influência na vida daqueles que amam. Agora, e cada vez mais, são os pais que passam a ser seus dependentes, o que aguça o sentido de cumprir sem falhas a sua missão, que é uma tarefa solitária e de extrema importância para toda a família. Mas, ao mesmo tempo, Saturno que é sempre associado a processos de diferenciação, individualização e separatividade, leva os indivíduos a procurarem dar a seus filhos uma educação diferente da que receberam. Paradoxalmente, com a nova aproximação dos pais, as pessoas se deparam tomando decisões surpreendentemente parecidas às deles. Nessa época, as pessoas que ainda não se definiram na vida passam a se sentir muito angustiadas, porque o fantasma do fracasso começa a ameaçar. Freqüentemente, aos 28 anos as pessoas retomam os estudos, procuram caminhos profissionais definitivos e não mais bicos e trabalhos esporádicos. A crise provocada por Saturno sempre é complicada, já que mexe com assuntos como o tempo e a idade, fracasso, frustração ou sucesso. Todos estes aspectos são muito angustiantes porque abalam a auto estima de cada um.

O ciclo dos 28 anos de Saturno é completado quando se pode tomar nas mãos com segurança as rédeas e o controle da própria existência. Desligar-se do passado para apenas conservar dele as bases mais sólidas sobre as quais deve ser projetado e construído o futuro.

Mas qual é o drama?

Em conversa com uma amiga sobre os últimos casos amorosos, meus e outros que temos assitido assaltou-me uma questão:
"Porque é que as pessoas não assumem de uma vez que andam carentes?"
Andamos todos carentes, todos precisamos de mimos, todos precisamos de beijos, da sensação do toque. Não sei se de amor, ou pelo menos o Amor para mim tem de ser construido, mas não damos tempo, queremos tudo de uma vez (e contra mim também falo). Temos de dar tempo, e temos de aceitar sem rancores, sem frustrações quando o que sentimos por alguém não é necessariamente amor, e quando o mesmo nos acontece a nós.
No entanto, faço um pedido, a quem eu gosto, a quem gosta de mim, a quem acompanha o blog, a que se identifica com os meus desabafos.
"Não desistam, não deixem de acreditar", "Não percam a capacidade de se surpreender" "Não percam a magia que tem uma paixão"
E o que faz perder isto é a ansiedade, é a expectativa, é o quero mais"
Let it flow. E ajudem os outros a fazer isso.
Mais um pedido, visto que amar nos deixa desprotegidos, não magoem quem vos ama, e vistam-lhes um "casaquinho" seja ele de que "marca" for. "Marca" corresponder ou "marca" respeitar e mostrar que deve seguir o caminho noutra direcção.
Mas amem... sem medo. É tão bom não é?

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Agora uma musiquinha suave, doce e serenante




No woman no cry
No woman no cry
No woman no cry
No woman no cry

say, say,
Say I remember when we used to sit
In a government yard in Trenchtown
Observing the hypocrites
As they would mingle with the good people we meet
Good friends we have
Oh, good friends we lost
Along the way
In this great future,
You can't forget your past
So dry your tears, I seh

No woman no cry
No woman no cry
Little darling, don't shed no tears
No woman no cry

Say, Say
Said I remember when we use to sit
In the government yard in Trenchtown
And then Georgie would make the fire lights
I seh, log would burnin' through the nights
Then we would cook cornmeal porridge
Of which I'll share with you
My feet is my only carriage
And so I've got to push on through,
Oh, while I'm gone

Everything 's gonna be alright
Everything 's gonna be alright

No woman no cry
No woman no cry

I say little darlin'
Don't shed no tears
No woman no cry

Pois é... (II) mais um desabafo.

Tenho a consciência tranquila, o coração sereno, mas hoje aprendi mais uma lição... A continuar a agir como sempre agi, a confiar só quando acho que o devo, felizmente tem sido a melhor opção.

"Só devemos ouvir o que e quando nos querem contar"

disse uma GRANDE AMIGA, e é para mim a definição de amizade, de respeito pelo espaço do próximo de quem dizemos ser amigos.

E das palavras aos actos vai uma grande diferença.

Temos de pensar mais antes de agir... temos de pensar mais antes de confiar... Mas confiar... eu acredito que ainda é possível confiar... mas devagar, cada vez mais devagar.

Partilho um ditado chinês, que comigo foi partilhado...

"Parece que andamos mais rápido se ao nosso lado alguém coxear".

Custa-me ver a vida assim, que por mim coxeava ao lado do coxo. eh eh. Mas nem toda a gente pensa assim...

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Então?

Alguém me pergunta: "Então e já encontraste o teu caminho?"
Eu respondo: "Felizmente não"
Alguém: "Felizmente?"
Eu " Há dias em que acho que sim, outros dias em que sinto que não... mas o caminho encontra.se todos os dias, utopia dirão alguns, desequilibrio dirão outros, e os mais loucos como eu dirão, UAU vida, o presente"
Outro alguém amigo :"Isso só se diz no fim... se tivermos tempo, num último e esforçado fôlego"

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Desiluções? São resultado de Ilusões

Há alturas em que não quero mesmo ouvir ninguém... para me poder ouvir a mim. Para poder encontrar as respostas em mim. Porque eu sei que elas estão lá. E até sei quais são.
Odeio magoar as pessoas que gostam de mim e de quem eu gosto, mas a definição de gostar é um pouco isso, aceitar as diferenças.
Fazer os erros que temos de fazer, e aceitar os erros dos outros... será que os aceitamos?

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

LIS- VAR-LIS



Fui e vim... A Varadero. Na noite anterior, quase nem dormi na expectativa, na incerteza do que como correria. De que tinha medo? Porque estaria tão ansiosa? A nossa mente é mesmo uma armadilha quando não a controlamos. Tive imensos telefonemas e mensagens a desejar tudo de bom, de despedida, fiquei super feliz, mas ainda me criou mais ansiedade, será que não volto? eh eh parvoíce.
Posso dizer-vos que o voo correu lindamente, embora tivessem sido 9h de viagem a trabalhar, mas é uma experiência inesquecível.
Uma descolagem perfeita, um voo pacifico embora estivesse a atravessar o Atlântico. Uma aterragem brutal que nem parecia que tinhamos aterrado.
À vinda num voo nocturno, houve alguns precalços, mas todos facilmente resoluveis. E nem vos conto, assisti a um trovoada vista de cima das nuvens, directamente do cockpit, LINDO LINDO. Com uns pilotos extraordinários a explicarem tudo o que iam fazendo.
Sinto que não tenho palavras suficientes para descrever.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Arte




Gostei particularmente destas duas obras, entre muitas outras que vi. Acho que nós escolhemos as peças com que nos identificamos... há uma outra obra que gostei bastante, que me perdoe quem não gostar, mas alguma coisa me chamou à atenção neste quadro, será por causa das cores? será que me identifico com algo ali?
Mas acho que todas elas têm um pouco de mudança de forma de estar e ver a vida. Acho que todas têm inerente um grito, mas um grito bom, libertador, de catarse.
Gostei deste momento que passei com papai, cúmplice, uma partilha bonita. Obrigada a quem me ofereceu o convite. E ainda bem que era para 2 pessoas, e que bem escolhida a minha companhia.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Força...

Pensamos por vezes que queremos muito uma coisa e para isso fazemos muita força. Por um lado acho que é esse o caminho, a luta pelo que acreditamos, pelas nossas convicções, aquelas que alguns mudam ou ajustam para chegar à felicidade, ou aquelas que há quem não abdique e as prefira à própria felicidade. Pergunto:

Não estarão completamente interligadas? Não estarão as convicções na base da felicidade? Se essas convicções não me trazem felicidade porque não as repenso? porque não as ajusto?

Será que parece falta de personalidade a flexibilidade? Ou precisamente o contrário?
Entendo uma coisa, que as nossas convicções nos balizam a vida, e a tornam mais confortável e segura, porque quando nos questionamos perdemos um pouco o pé, deixamos de ter algumas das guias que nos orientam, e isso assusta, dá medo.
Mas quando as questões me surgem, e a felicidade me escapa, não consigo deixar de querer resolver a origem disso,que lá está... podem ser as ditas convicções, se calhar as que subscrevi até ali já não me servem...

Falta de personalidade, reeitero? Não. Capacidade de adaptação ao que é novo. Ou em termos médicos cicatrização.

Sabes que mais? Pensar menos é viver mais, só assim se sente mais, só assim (em resposta a uma partilha de hoje) o amor pode surgir... sem planos, sem força, sem pressa, sem pressão, sem previsões. :)

E amar demais não tem de ser assustador... para além de que só tem mais uma letra que mar. eh eh eh

Galena - Sulfureto de chumbo. Galena e os seus pintainhos

Sabes aqueles dias, aquelas aulas em que nada que o professor ou professora diga te fazem acordar? nada que aconteça na sala de aula te faz tirar os olhos do mar algarvio que se via da janela daquela sala de biologia. E para ajudar à festa tinha acabado a parte da biologia e era a primeira aula de geologia, com grande pena nossa. Estavámos renitentes em relação às rochas, e tentamos trazer milhões de dúvidas de Biologia para evitar que a professora mudasse de matéria. :) esforço inglorio como deves calcular. Então começou a aula. E passaram por nós, milhares de pedras em que tinhamos de ver os eixos, a cor, a textura, se risca ou não risca, se se desfaz ou não... enfim, Uau né?
Então há um momento daqueles parvos em que passa uma pedra de seu nome Galena (PbS) sulfureto de chumbo. E uma amiga sentada ao meu lado olha para mim e diz : "Ana Galena e os seus pintainhos" e começa a contar uma história com essa personagem principal que seria eu... bem dito bem feito... gargalhada geral e um nome para a vida... e acredita, uma grande motivação para o resto das aulas de geologia.

Para escolher um lado é preciso conhecer os dois....

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

No Meio do Caminho

No Meio do Caminho

No
meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.



Carlos Drummond de Andrade

Amor e seu tempo

Carlos Drummond de Andrade

Amor e seu tempo

Amor é privilégio de maduros
estendidos na mais estreita cama,
que se torna a mais larga e mais relvosa,
roçando, em cada poro, o céu do corpo.

É isto, amor: o ganho não previsto,
o prêmio subterrâneo e coruscante,
leitura de relâmpago cifrado,
que, decifrado, nada mais existe

valendo a pena e o preço terrestre,
salvo o minuto de ouro no relógio
minúsculo, vibrando no crepúsculo.

Amor é o que se aprende no limite,
depois de se arquivar toda a ciência
herdada, ouvida. Amor começa tarde.

domingo, 9 de novembro de 2008

Os meus 2 lados... Cold Play

VIVA LA VIDA




FIX YOU

Estou em paz com os outros...

Mas não o estou completamente comigo... "You can run, but you can not hide"

"Olha que a drama queen sou eu" disse-me uma grande amiga. Eu respondo,

"Eu drama queen? não é a minha natureza"

Ela ri-se... "não é não"... com uma gargalhada do outro lado.

Reflicto sobre isso... e sobre outras coisas que me têm dito nos últimos tempos

"És policia de ti mesma"
"Não te dás tréguas"
"Tu não és assim com os outros"
"Tenta ser contigo como és com os outros"
"Tu esmiúças tudo, tentas compreender tudo, relaxa um pouco"

E já são tantas pessoas a dizer coisas deste género... alguma coisa quer dizer...

E a conversa de há pouco ao telefone fez-me pensar... pensar que tenho de deixar de pensar, e agir... ser ponderada sim, mas sem exagero.
E além de que ao ser tão exigente, também passo uma ideia de que sei tudo... será?

"Quando pedimos uma opinião na verdade sabemos a resposta..."



"...que o nosso coração tem,
mas às vezes só queremos ouvir o outro e pensar com ele
em todas as possibilidades
só isso"

Mais uma encruzilhada, mais um cruzamento, um carrefour se me atravessa... perco-me no momento em que a noticia chega, mas rapidamente junto à minha, umas cabeças pensantes que me ajudam. Adoro ouvir as opiniões, mas sinceramente o que me custa é quando as pessoas me tentam mostrar a reposta. O caminho... quando me respondem como se soubessem o caminho que é melhor para mim. Eu sei que é a forma que tem, e que sabem, para me ajudar. E eu tenho de saber filtrar e recolher o que de melhor a sua opinião tem, e o que de bom, e frutífero isso pode ter para mim.

" A minha amiga está a aprender a dizer que não" e a importância que tem um "não" positivo.

"É muito mais giro pensar junto do que sozinho
e quando nos impõem uma opinião estamos sozinhos na mesma,
não estamos a chegar a uma solução conjunta"

Deve ser essa a diferença entre um pedagogo e um professor :)

Orientar, e não indicar....

"quando pedimos uma opinião na verdade sabemos a resposta"

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

"Se recebeste os videos ainda estás a tempo de mudar"



Impressionantes.... tenho de partilhar... fazemos tantos erros inconscientes e contra mim falo. VAMOS mudar isso.



terça-feira, 4 de novembro de 2008

P'ra a rua me levar...



Não vou viver, como alguém que só espera um novo amor
Há outras coisas no caminho onde eu vou
As vezes ando só, trocando passos com a solidão
Momentos que são só meus, e que não abro mão

Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar, e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora

Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar
Eu vou lembrar você

Mas tenho ainda muita coisa pra arrumar
Promessas que me fiz e que ainda não cumpri
Palavras me aguardam o tempo exato pra falar
Coisas minhas, talvez você nem queira ouvir
Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar, e nem perder a hora
Escuto no silÊncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora

Vou deixar a rua me levar

sábado, 1 de novembro de 2008

Um desabafinho... em mais uma partilha

Hoje e Ontem "nostalgiei"...
Às vezes também me dá para isto, :( regra geral sou alguém positiva, sou alguém cheia de vontade de viver, de experimentar, de conhecer, mas há momentos, temos momentos, há pessoas que nos marcam e que por mais que queiramos não deixam de marcar... será que não somos nós que queremos que continuem em marcar? Porque é que não é assim fácil de desligar da ficha? Pode ser que isso seja uma mais valia, pois quando me apaixono é a sério. Às vezes gostava de não ser assim...
A música em baixo ouvi-a ontem no carro a caminho de casa... e olha deixou-me assim... "nostaleira".
Sinto-me uma "Eçariana" com estas variações do "verbo" "nostalgiar"...

we've got tonight elkie brooks... amanhã who knows?

I know it's late,

I know you're weary

I know your plans don't include me.

Still here we are, both of us lonely,

Longing for shelter for all that we see.

Why should we worry?

No one will care

Look at the stars so far away

We've got tonight, who needs tomorrow?

We've got tonight, babe, why don't you stay.

Deep in my soul,

I've been so lonely All of my hopes fading away

I've longed for love like everyone else does

I know I'll keep searching even after today.

So there it is, I've said it all now

And here we are babe, what do you say?

We've got tonight, who needs tomorrow?

We've got tonight, babe, why don't you stayI know it's late,

I know you're weary

I know your plans don't include me

Still here we are, both of us lonely

Both of us lonely

We've got tonight, who needs tomorrow?

Let's make it last, let's find a way

Turn out the light, come take my hand now

We've got tonight babe, why don't you stay?

Oh, oh, why don't you stay?

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Relendo o blog... reencontrei este post....

É como no amor... Não pedir nada em troca...

" Para que haja esta reconciliação com a leitura, existe uma única condição: não pedir nada em troca. Absolutamente nada. Não erguer qualquer barreira de conhecimentos prévios em torno do livro; não colocar a mais ínfima questão; não os obrigar a fazer trabalhos de casa; não acrescentar uma palavra que seja às que foram lidas; não fazer juizos de valor, não dar explicações de vocabulário, nem fazer análises de textos, nem biografias... proibição absoluta de "falar acerca de "
Leitura-dádiva.
Ler e esperar.
Não se força a curiosidade, desperta-se.
Ler, ler e confiar nos olhos que se abrem, nas caras que se regozijam, na pergunta que vai nascer e que levará a outras.
Se o pedagogo que existe em mim se preocupa por " apresentar a obra no seu contexto" terá o pedagogo de ser persuadido a que, por agora, o único contexto que importa é o desta turma.
Os caminhos do conhecimento não terminam nesta turma: é aqui que devem começar!
Por agora, leio romances a um auditório que julga que não gosta de ler. Enquanto eu não dissipar esta ilusão, enquanto não fizer o meu trabalho intermédio, nada de sério se poderá ensinar. (...)"

"Como um romance" Daniel Pennac


30.10.08
Como com os meus alunos, enquanto o trabalho intermédio não estiver feito não vale a pena tentar que eles aprendam as disciplinas rotuladas de "importantes" e "normais". Claro que são mas... uma coisa de cada vez...

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

A vida não chega para sermos tudo... mas dá para fazermos muito mais do que julgamos ser capazes

Não sou mãe, mas posso considerar-me mãe. Sinto.me mãe. Ontem nasceu mais um elemento da minha família, cresceu, alargou o meu coração, e o de toda a família... Gosto da sensação de elasticidade do coração. Só posso falar do meu, mas sei que há muitos assim também. Já conheci os meus alunos conotados como os piores da escola, os ditos "marginais" porque estão à margem de um padrão que alguns definiram como certo, pergunto o que é certo? é certo eles não terem tido amor em crianças? é certo os pais deles terem morrido? é certo não terem pais como os meus? Sim, sou uma privilegiada, sem sombra de dúvidas, e a mais pequena coisa que posso fazer para os ajudar é em primeiro lugar não os por de parte como toda a gente facilmente faz. Tudo o que não está dentro das normas está errado. Peço-vos que pensem nisto, e pensem que se alguma vez na vida se sentiram à parte, e que quantas pessoas se matam, e sofrem porque ninguém partilhou com eles o que eles têm de bom. Garanto-vos que estes miudos tem algo para me ensinar e para me dar. Não menosprezem nunca ensinamentos, sejam eles de crianças, velhos, jovens, pessoas diferentes de voces.
Enfim... parece um sermão, mas não é, é uma partilha (desculpem-me quem achar que é ou um sermão ou uma teoria, vos garanto que não o é).
E depois da emoção do nascimento da Joana, depois do meu irmão ter feito um gesto que para mim é a realização da paternidade, (um pai fazer com o filho o que o seu pai fez com ele é sem duvida a realização) para mim, qualquer pai que sinta ao fim de 30 anos que o que fez com o filho no dia em que a irmã nasceu, o mesmo que o meu pai fez com o meu irmão quando eu nasci para ele não sentir ciumes da mana. É simplesmente extraordinário. Tudo fica. Tudo volta, até o bem, já dizia o nosso amigo STRINDBERG. Os meus pais, também babados com o nascimento da 2ªneta, só podem estar também babados com o filho.
Para além disto, ainda me aconteceu outra coisa fantástica, tive a oportunidade de ser bombeira por um dia. E adorei, saí do curso e brinquei.
"agora já não quero ser PNC, quero ser bombeira" e ouvi:
"Mas tu não te decides? Ele é professora de quimica, ele é professora de teatro, ele é assistente de bordo, ele é bombeira. A vida não te chega?"
Ao que eu respondi :" Não, tal como dizia o nosso amigo e entendedor da alma humana, Fernando Pessoa, "A Literatura é a prova que a vida não chega" Eu tenho a ousadia de refazer a frase e digo. "Cada dia que passa é a prova que a vida não chega" :)

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Sim...

Gosto de pessoas que conseguem verbalizar o que lhes vai na alma...

Estes últimos tempos de mudança tem sido de um envolvimento emocional atroz.
Pergunta-me muitas vezes quem me conhece:

- Estás bem?
- Estás feliz?
- Gostas do que fazes?
- Arrependes-te?

A essas perguntas respondo firmemente, Sim, sim, sim, não.

Só posso dizer que me sinto cansada, felizmente só fisicamente, e tem sido bastante menos frequente em mim questão: "O que andamos aqui a fazer?" surgiu-me sem dúvida a resposta nestes últimos tempos,

"Andamos a garantir a segurança e conforto dos nossos passageiros" Em qualquer área da nossa vida.

Acredito que quando cada um de nós encontrar o espaço em que consiga garantir esses requisitos, ou que pelos menos se sinta realizado a fazê-lo, encontrou o seu caminho...

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

"I won´t hesitate! NO MORE"

Obrigada P.

"Melhor é recear do que confiar demais"

Shakespeare

" A amizade duplica as alegrias e divide as tristezas"

Bacon

domingo, 12 de outubro de 2008

Deixa-te ir ... "O bem também volta"

Falando com os próprios botões. Os meus que geralmente me apertam fazendo-se notar. Então resolvi falar com eles. E o conselho que me deram faz agora aproximadamente uns 2 mesitos foi. "Deixa-te ir pelo teu caminho, na tua corrente de ar destinada, na tua corrente marítima... aceita o que te acontece, como se fosse o que tu queres para ti"
A experiência de curso de PNC, todas as disciplinas que temos tido, ajudam-me a responder a muitas questões que ultimamente me andavam a assolar... Há que garantir a segurança e conforto dos nossos passageiros, actuar em conformidade com esses objectivos, saber actuar, prevenir tudo o que perturbe esses dois goals. E agora digo eu... O que é mais a vida do que isso? Garantir a segurança e conforto de quem nos preenche o coração? ao cuidar das pessoas que nos enchem o coração estamos a cuidar do nosso.


"The secret for the success is doing common things uncommon well"

Rockfeller

Para os curiosos:
PNC = pessoal navegante de cabine = aeromoça :) Aviões mesmo

E acreditem que os botões deixam de apertar quando os ouvimos. Tem de ser é com escuta activa... um doce a quem souber o que é escuta activa.

Querer... Só conseguimos mudar o mundo se primeiro nos mudarmos a nós mesmos

Novamente o provérbio...

"Podemos dar um barco a alguém, ensiná-lo a remar, dar-lhe os remos... Mas a pessoa só vai remar se quiser"

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Cuchi cuchi.... bichinho bonito!!!



"Vejo uns olhos à minha frente que me abrem novas perspectivas. Sinto-os noutro mundo, dizendo-me que há outras coisas à minha espera. Não resisto e descubro, sinto, que a minha vida ainda tem muito para me oferecer de novo"

Gato falando p'la nuvem....

domingo, 28 de setembro de 2008

Ansiedade

"A menina fez uma cara de que não entendeu quando eu disse para sua mãe que achava que era ansiedade. Expliquei que ansiedade era como uma saudade ao contrário. Ela entendeu menos ainda... Perguntei: "quando você sente saudades de alguém, do papai, da mamãe, de alguém que você não vê há muito tempo e queria muito ver agora, você não fica com o coração encolhido, doído, a respiração fica meio pequena e você morde os lábios?". Ela fez que sim (o caminho parecia certo). Então conclui: "ansiedade é a mesma coisa mas é uma saudade do que não aconteceu ainda... saudade de uma boa nota que você ainda não tirou e não tem como saber se vai tirar, saudade de alguém que ainda não encontrou e não tem como encontrar agora, vontade de ter alguma coisa que você ainda não tem e talvez nem deveria ter. Ela sorriu novamente e assentiu com a cabeça. Ganhei a noite... trabalhei feliz."

blog do pediatra em casa

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Re-aprendendo Francês

Cependant... até agora a palavra que mais gostei...


P - Telemóvel em francês? Casco és doida varrida, já alguém te disse?
C - Xim!
P - A tua mãe sabe disso?
C - Acho que não!
P - Então eu (com o dedo colado ao nariz) vou-lhe dizer!


Obrigada pelo livro, pelo sorriso e pelos braços sempre abertos!!!

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Allways my Cat

"Subo um muro alto, mais alto do que o céu que vejo com meus olhos terrenos.

As pernas doem-me, mas cada vez mais se preparam para a escalda.

Os dedos dos pés sangram entre eles, talvez o caminho seja demasiado árduo para a sua singela pele outrora macia.

Sou frágil, não sou fraca e por isso subo decidida mesmo que com lágrimas a lavarem-me a cara.

O topo é inalcançável, mas a viagem promete ser continuamente aliciante.

Estou há três dias nesta caminhada. Já não me doem as pernas, já não me sagra por debaixo da pele dos pés e as lágrimas transformam-se devagar em marcas que cravam a pele cada vez mais morena, queimada do sol.

Olho para trás e vejo que começo a ser seguida… levo agora atrás de mim sete pessoas que não conheço, mas que sorriem para mim, uma cabrinha do monte, um gato, que não é o meu, um cão azul e um pássaro que sobrevoa a cabeça da cabra em círculos amistosos.

O muro apresenta-se menos tortuoso. Olhamo-nos, rimos, dividimos o pão que alguém traz na mochila presa às costas, bebemos água do cantil que o cão azul traz ao pescoço e decidimos descansar quando nos apetecer.

Estamos nestas andanças há sete dias. As marcas na cara desapareceram debaixo de um bronze cor de ouro.

A noite cai e entrelaçamo-nos nos braços quentes uns dos outros. Usufruímos desse conforto. Conhecemo-nos cada vez melhor e o meu melhor amigo é neste momento o cão azul, é o mais parecido comigo: destemido, bonito e simples.
Estou feliz. O muro continua alto. O grupo está cada vez maior. Mais gente, mais cães, mais pássaros, mais gatos, mais cabras, mais risos, mais lágrimas, mais lábios, mais corpos, mais sol, mais estrelas, mais noites, mais frio, mais vozes, mais vida!
Corro por entre altas árvores que nasceram no muro, rompendo as paredes!"


segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Nunca é demais ler Tolle

Agir

"Se acha que a sua situação de vida é insatisfatória ou até mesmo intolerável, só através da rendição é que você conseguirá quebrar o padrão de resistência inconsciente que perpetua essa situação.Render-se é perfeitamente compatível com tomar providências, com iniciar uma mudança ou alcançar metas. Mas no estado de rendição há uma energia totalmente diferente, uma qualidade diferente que se manifesta na acção."


Poder do Agora, Eckhart Tolle

domingo, 7 de setembro de 2008

Colocação de professores

Vejam até ao fim... É só rir...
"A mãezinha limpava-te a roupa"

"Tantos que não entram, logo tinha de ser ele o escolhido"

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Entrega ao Universo

"O medo não tem cor, nem tamanho, nem forma, nem cheiro
somos nós que lhe damos isso tudo
qdo o sentimos dentro de nós
se quisermos podemos matá-lo com a mesma facilidade que o criámos
basta não lhe darmos um lugar em nós"

Assinado O meu Gato

É mesmo, as coisas tem a importância que lhe quisermos dar!

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Para... as pessoas que acompanham a verdadeira nuvem...

As coisas vulgares que há na vida, não deixam saudade...
Só as lembranças que doem, ou fazem sorrir...
Há gente que fica na história, na história da gente,
E outras que nem o nome lembramos ouvir...
São emoções que dão vida...

(o resto da música é mais triste, mas como eu não estou triste, não ponho)

sábado, 30 de agosto de 2008

Amigos... para os meus amigos...



E também para o meu Farrusco!!

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Momentos...

Há alturas de reflexão, momentos em que percebemos que o blog só nos afasta da vida real... e que para podermos escrever temos de ir viver...

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Mais ou menos tolerante?

Quanto mais pessoas conheço mais tolerante me sinto e menos tolerante me sinto.

Estranho?

Não.

Mais tolerante às diferenças e a variedade de feitios gostos, atitutes, formas de estar, que por serem diferentes do que estou habituada não significam que estejam erradas... O lá... Até vejo como tantas vezes estou enganada... :)

Menos tolerante a fazer coisas que não me dão prazer.



"Let it flow "ou em Português "Andamento"






quarta-feira, 30 de julho de 2008

We are here... Somos tão pequeninos.. não compliquemos...

"They will crucifie you" LINDO

"I just want to live while i'm alive"





Grande dia, daqueles sem expectativas, daqueles dos quais não esperas rigorosamente nada e simplesmente te entregas ao que a vida nesse dia tem para te dar.

"Today is a gift that we call PRESENT"




quinta-feira, 24 de julho de 2008

Rio Sella 13 Kms



Não somos nós... levámos máquina, mas é o tiras a máquina do local seguro...
13 km de rio, com rápidos.
Houve uma altura em que dizia, Peligro, e qualquer coisa como neste troço leve a canoa à mão...
Como não entendemos Espanhol... e vimos outras canoas passar sem o dito Peligro, resolvemos arriscar e enfrentar o tal do Peligro. Emoção... Um rápido mais forte... uiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii

Amei chegar a Finisterra





"Visitar a Costa da Morte significa chegar ao fim de um velho caminho de peregrinação pelas terras mais ocidentais da Europa, seguido por milhares de pessoas ao largo de muitos anos, para se encontrar com o renascer da vida, com velhos cultos pagãos e os elementos da natureza, que aqui se manifesta com todo o seu esplendor: a água, o sol e as pedras; que cristianizada mais tarde, deram, origem a concorridos santuários como o da Virxe da Barca, o Cristo de Finisterra, ambos relacionados com a Rota Jacobea."





Imagem de um peregrino a lutar contra o vento, não cheguei a fotografar, mas impressionou-me... a imagem da luta para encontrar aquilo que acredita ser o "Renascer da Vida"

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Para quem gosta de aviões e de animais...



Será que os/as assistentes de bordo contam histórias dentro deste avião? Tão nito não é?



Parecem dois golfinhos... um grande e um pequenino...

segunda-feira, 14 de julho de 2008

No comments... obrigada tia

Quando me amei de verdade

Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exacto. E então, pude relaxar.
Hoje sei que isso tem nome…
Auto-estima.

Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
Hoje sei que isso é…
Autenticidade.

Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo isso de…
Amadurecimento.

Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje sei que o nome disso é…
Respeito.

Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável… Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei que se chama…
Amor-próprio.

Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro. Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é…
Simplicidade.

Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei menos vezes.
Hoje descobri a…
Humildade.

Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é…
Plenitude.

Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é…
Saber viver!!!

Não devemos ter medo dos confrontos...
Até os planetas se chocam e do caos nascem as estrelas."
(Charles Chaplin)

sábado, 12 de julho de 2008

De 9 de Abril de 2007 para hoje...

Duas linhas paralelas
Muito paralelamente
Iam passando entre estrelas
Fazendo o que estava escrito:
Caminhando eternamente de infinito a infinito

Seguiam-se passo a passo
Exactas e sempre a par
Pois só num ponto do espaço
Que ninguém sabe onde é
Se podiam encontrar
Falar e tomar café.

Mas farta de andar sozinha
Uma delas certo dia
Voltou-se para a outra linha
Sorriu-lhe e disse-lhe assim:
"Deixa lá a geometria
E anda aqui para o pé de mim...!

Diz a outra: "Nem pensar!
Mas que falta de respeito!
Se quisermos lá chegar
Temos de ir devagarinho
Andando sempre a direito
Cada qual no seu caminho!

"Não se dando por achada
Fica na sua a primeira
E sorrindo amalandrada
Pela calada, sem um grito
Deita a mãozinha matreira
Puxa para si o infinito.

E com ele ali à frente
As duas a murmurar
Olharam-se docemente
E sem fazerem perguntas
Puseram-se a namorar
Seguiram as duas juntas.

Assim nestas poucas linhas
Fica uma estória banal
Com linhas e entrelinhas
E uma moral convergente:
O infinito afinal
Fica aqui ao pé da gente.

(José Fanha, in Eu Sou Português Aqui)

Parafraseando, Pseudo plagiando um blog conhecido..."Se eu hoje fosse uma música"

Smile... though your heart is aching



While you smile you don´t think...

obrigada amiga!!

quinta-feira, 10 de julho de 2008

É ai que começa o erro...

Querer fazer os outros felizes parece-nos à partida uma atitude humana, bonita, altruísta. Mas como ouvi hoje e tal me fez eco, "é ai que começa o erro". Presunção achar que somos capazes de fazer os outros felizes se às vezes nem a nós somos capazes. Comecemos por nos fazer felizes, comecemos por nos sentir felizes.
Passei uma fase de partir pedra, construir um buraco, abrir fendas, tirar o que estava mal, não quero levantar um estandarte a achar que está tudo limpo em mim, mas a verdade é que um buraco, um vazio ficou, e nesse espaço hoje planto flores, planto sementes... vejo umas florinhas verdes a brotar.
E não é preciso que esteja tudo limpo, para plantar... assim como assim vai sempre haver uma poeira que entra... mas a verdade é que quando mais nos enchermos e rodearmos de coisas que nos dão prazer, mas prazer e felicidade vamos dar aos outros...
Indirectamente faremos os outros felizes...
E às vezes é preciso dizer adeus, às ervas daninhas que nos apodrecem por dentro... e não são os outros que alimentam as coisas podres em nós... somos nós, de uma vez por todas assumamos isso.


O "inferno" não são os outros!

segunda-feira, 7 de julho de 2008

vá lá... deixa o sol entrar em ti...



A pele morena, a calça florida, o sol deste dia, o sorriso no rosto... é só deixar contagiar-nos... é só deixar tudo isto entrar em nós... um dia muito bonito, de um amigo muito especial...

domingo, 6 de julho de 2008

Vou deixar de dar conselhos até...

"Não tenhas medo, porque a acreditar no que dizem os entendidos, a segunda pele é que é a verdadeira"

Helena Sacadura Cabral in Um certo Sorriso...

Decidi ontem que vou deixar de dar conselhos, deixarei de os dar até ao dia em que os conseguir aplicar para mim mesma... Egoismo? quem sabe... O que faço muitas vezes é partilhar aquilo que tento fazer para mim, não o faço com a pretensão de achar que sei tudo e que os sei aplicar... muito pelo contrário, faço para me ouvir, para ao ouvir perceber se fazem sentido...
E lá está... eu à procura do sentido das coisas...
Alguém me disse, "Casquinho, não penses tanto, não andamos aqui para pensar, andamos para viver". Eu acrescento, há coisas que não fazem sentido, apenas tem de ser sentidas... boas e más...
Eu percebi uma coisa nestes dias, misturado com as minhas crises de ansiedade... sou capaz de fazer tudo sozinha, simplesmente não quero faze-lo... quero partilhar... mas tudo e como tudo tem o seu espaço, o seu tempo, o seu momento... nada de apressar... (como se eu por hora conseguisse faze-lo :( )... é só mais um conselho para eu me ouvir... se alguém o quiser tomar para si está por aqui disponivel, é para isso que serve o blog.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Quando será que eu aprendo isto de verdade?

"Podemos dar um barco a alguém, podemos colocar esse barco na água e ensinar esse alguém a remar. Mas para que a pessoa reme, é preciso que ela queira remar."

Provérbio chinês

O meu carro tem...

durante todo o ano...
um chapéu de sol,
uma toalha de praia,
um chapéu de chuva,
música,
canetas e lápis no porta luvas...
uma caixa com material das aulinhas...
o meu Alfredo (nova aquisição)
um saco cama...
uma manta,
um cabide,
água quase sempre...
e outras coisas que adquirirei...

dizia eu cheia de razão e motivações à saida da praia...
e surgiram as perguntas e sugestões...
e um frigorifico?
e um fogãozinho? um campingaz?
E que tal um grelhador para a febra? ou como se diz no Porto, a fevera.

(ah e tal que não ponho nada do que tu dizes, ah e tal!!! toma lá!!! ah ah ah)