quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Relendo o blog... reencontrei este post....

É como no amor... Não pedir nada em troca...

" Para que haja esta reconciliação com a leitura, existe uma única condição: não pedir nada em troca. Absolutamente nada. Não erguer qualquer barreira de conhecimentos prévios em torno do livro; não colocar a mais ínfima questão; não os obrigar a fazer trabalhos de casa; não acrescentar uma palavra que seja às que foram lidas; não fazer juizos de valor, não dar explicações de vocabulário, nem fazer análises de textos, nem biografias... proibição absoluta de "falar acerca de "
Leitura-dádiva.
Ler e esperar.
Não se força a curiosidade, desperta-se.
Ler, ler e confiar nos olhos que se abrem, nas caras que se regozijam, na pergunta que vai nascer e que levará a outras.
Se o pedagogo que existe em mim se preocupa por " apresentar a obra no seu contexto" terá o pedagogo de ser persuadido a que, por agora, o único contexto que importa é o desta turma.
Os caminhos do conhecimento não terminam nesta turma: é aqui que devem começar!
Por agora, leio romances a um auditório que julga que não gosta de ler. Enquanto eu não dissipar esta ilusão, enquanto não fizer o meu trabalho intermédio, nada de sério se poderá ensinar. (...)"

"Como um romance" Daniel Pennac


30.10.08
Como com os meus alunos, enquanto o trabalho intermédio não estiver feito não vale a pena tentar que eles aprendam as disciplinas rotuladas de "importantes" e "normais". Claro que são mas... uma coisa de cada vez...

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