terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Vim...

Primeira impressão, frio, muito frio, e eu ainda com sono, porque dormi pouco na noite anterior.
De resto, um passeio ao frio, uma caminhada valente que me deixou cansada, e um inicio de inglês que se apresenta muito rusty, muito enferrujado. Mas vou trabalha-lo.
88, Trafalgar Square, St. Martins in the Fields onde tive o privilégio de assistir a um ensaio de um concerto de Bach, National Portrait Gallery e umas voltinhas pela rua dos teatros, já deram lugar a um joelho queixoso e a uma caixa toráxica pouco trabalhada... de volta ao 88, e home to rest... tomorrow I´m gonna visit The Globe and the Tate :)
Quero só mostrar o meu agrado e qui ca uma ideia para os amigos lusitanos, com uma cena lindissima num museu super conceituado onde aparente e teoricamente "devemos" ter comportamentos serios e rigidos. Estava um grupo de crianças e respectivos pais deitados no chão a desenhar, a pintar, a brincar com os quadros da Galeria, crianças pequenas completamente envolvidas na arte. Leva-me a relacionar com Daniel Pennac, uma reconciliação com a pintura, uma chamada dos museus à geração futura. Tão bom que dei por mim encostada a uma das paredes a assistir àquela cena com um sorriso enorme e cheia de vontade de fotografar, mas achei que não, podia perturbar a concentração das crianças e incomodar os pais.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Paradoxo ou não... para hoje...

"Somos livres de escolher, mas obrigados a decidir"

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Palavras alheias com que me identifico

Gosto de sentir quando as palavras dos grandes escritores servem para descrever o que sinto, o que me vai na alma. Parece que eles me conseguem ler, que me entendem. É estranho, mas isso alivia-me, porque me verbalizam. E fazem-no de uma forma que torna belo o mais sofrido sentimento.

Surge-me agora a letra da música:
"Todo o grande amor, só é bem grande se for triste...
Mas meu amor, não tenha medo de sofrer, pois todos os caminhos me encaminham para você"

Saudações à Poetinha d'um raio que admiro, quando "abre" a torneira da sua alma para as teclas do computador... sai o que sair, a verdade é que é tão genuína que dá imenso prazer de ler :)

Cansaço

O que há em mim é sobretudo cansaço —
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.

A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto em alguém,
Essas coisas todas —
Essas e o que falta nelas eternamente —;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada —
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...

E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço,
Íssimno, íssimo, íssimo,
Cansaço...

Álvaro de Campos, in "Poemas"

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Cervantes

"Amor e desejo são coisas diferentes. Nem tudo o que se ama se deseja e nem tudo o que se deseja se ama."
Miguel de Cervantes


E pergunto eu, podemos desejar o que amamos? Amar o que desejamos?

"Uma coisa não implica a outra", mas uma coisa não impede a outra.

Mostra que vou...