terça-feira, 17 de julho de 2007

Primeira impressão... Uma experiência.. um passo em frente

"(...) O actor é o instrumento de si próprio. Um violonista toca violino. (...) tem de ter o violino dentro de uma caixa especial, não pode estar ao sol, o instrumento tem de estar afinado, tem que estar em boas condições, e quanto melhor é o material do instrumento, melhor toca. Ora o actor é o seu próprio instrumento, é com este instrumento que o actor toca, conta, se exprime, emociona, diverte os outros. Se o instrumento não estiver bem afinado, é evidente que não sai coisa boa. Portanto, o actor tem de ter técnica, tem de apurar a sua técnica corporal, a voz, os seus sentimentos, as suas emoções, os seus pensamentos, tem de ler, tem que ver, tem que ver bom cinema, tem de ouvir boa música, porque é este instrumento que vai para cena. São estes os olhos que vão para cena, são estas as mãos que vão para cena. E é isto que eu vou dar ao público. Este instrumento tem que estar em boas condições (...)"

Manuela de Freitas

Com a consciência de não temos um corpo, mas que somos um corpo.... Com a angústia de que o nosso corpo não está habituado a responder a estímulos.... Depois de ler o texto acima... Depois de ter a primeira aula do workshop de dança "Interferências"... (que neste caso trabalhou o corpo sem a emoção). Sinto cada vez mais necessidade do reencontro entre o corpo e alma.
Estão separados há demasiado tempo... Nós não temos noção do que nosso corpo é capaz de fazer. Este reencontro tem mesmo de fazer parte do auto-conhecimento, é fundamental para termos a "casa arrumada"... Quero ir à procura desse reencontro...



"Um actor é aquele que investiga tudo o que é. É um ser que resolve ter como profissão conhecer-se totalmente, saber tudo o que tem, o que podia ter, o que é, o que poderia ser, do que é capaz, do que não é capaz. É a história do Gil Vicente, o "todo o mundo e ninguém" O actor é toda a gente e ninguém."

Manuela de Freitas

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