quinta-feira, 1 de maio de 2008

Amesterdão

A minha estadia em Amesterdão tem sido extraordinária, passando por momentos de aflição de não entender a língua, de não saber onde fica nada, parte que foi realmente de quem estava meio perdida, mas sempre calma, ou pelo menos tentava estar calma... Depois de encontrar o hostel, descansei um pouco, larguei o saco que no ínicio da viagem parecia muito leve, agora já pesava uns bons 110 kilos... ah ah.
Adormeci um pouquinho e depois vamos lá então para a festa rija da Rainha...
The Queen's Day.
Com a minha curiosidade alternada por momentos de vergonha, mas como estava sozinha e não podia ter vergonha, comecei a perguntar o que estávamos a celebrar, e por mais estranho que vos possa parecer, NINGUÉM SABIA!!! E eu que queria ir dar os parabéns à senhora... mas não, mostra que é uma festa SÓ, apenas uma FESTA, para quê complicar.
Quando se viaja sozinha, acabamos por estar bem mais atentos a tudo, o instinto de sobrevivência fica mais alerta, e ao mesmo tempo temos a possibilidade de disfrutar mais em pleno as nossas decisões... (mas não será propriamente a minha opção de vida em viagens, creio que farei mais algumas assim, mas não parece que todas). Passo a explicar porquê.
Nas fotos ou fico eu ou a paisagem... eh eh.
Não temos com quem conversar no momento sobre as aventuras que passamos.
Se nos faltar dinheiro ficamos mesmo à rasca.
Temos saudadinhas especiais... umas que não pensámos vir a ter... esta parte tem uma parte boa... (particularmente boa).
Mas existe uma enorme vantagem, conhecemos imensa gente, mas acreditem, NENHUM HOLANDÊS, mexicanos, suecos, italianos, etiopia, colombia... mas nada de holandeses, nâo havia cá nenhum, então e por acaso esta terra se chama Holanda?
Mais coisas... gostei do museu do Van Gogh que recomendo, gostei de saber que quando ele esteve internado (por autorecriação) copiou quadros de outros grandes pintores, que estavam a preto e branco, e o Vicent fê-los a cores, ele dizia que apenas os tinha traduzido para a língua das cores, achei o maximo a ideia/conceito de tradução.
Outro museu que recomendo vivamente, especialmente a quem leu o livro, é o museu da Anne Frank, eu li o livro quando tinha 12 anos e é uma história que me acompanha desde essa altura. Sentem-se as energias de quem ali viveu, o sofrimento que eles passaram, acreditem que só não chorei pois nao tinha com quem partilhar as lágrimas. É muito forte.
E mais aventuras em 2 dias por esta capital, que é muito romantica, se puderem vir acompanhados, venham... recomendo.
Ainda não tenho as fotos "reveladas" mas assim que tiver mostro-as.

2 comentários:

supergato disse...

Cada rua, cada canal, cada cara.. tudo ali é mágico e surpreendente. A cidad é cheia de boa energia e de gente diferente que aceita os outros tal como são... sem preconceitos mesquinhos e idiotas, tão comuns em pessoas de alma pequena.
Mas o mais engraçado é que noutros sítios da Holanda a realidade é outra, mais parecida com a de um país qualquer comum...

Paulo disse...

Foste para amsterdão sozinha???
e eu a pensar que era maluco...

Ps: Gonçalo Cadilhe diz-te alguma coisa?