segunda-feira, 28 de abril de 2008

Abril Balnear



Momentos extraordinários... Praia em pleno mês de Abril... e que praia... quem é que precisa de ir ao Brasil... (não é que me importasse muito, ah ah)
mas realmente temos tudo o que precisamos por aqui mesmo.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Para...



Para a minha prima Raquel, para a minha cunhada... para todas as mães e futuras mães... apeteceu-me...

Maternidade

Um rebuçado para quem adivinhar de quem é o quadro.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Vocês não acreditam...



Mas o Farrusco sabe tirar fotocópias, carrega no botão e fica a vê-las sair!! Eufórico!!
Depois vem a dona que se zanga com ele, (mas só quando ele põe a pata nas folhas e as rasga), Sendo que ele não faz a coisa por menos, (passo a descrever) :
Desliga a fotocopiadora (sim ele sabe qual é o botão) e senta-se em cima dela, como quem diz:

-"Eu? rasguei as folhas? Estava aqui sentadinho, não fiz nada, estás enganadíssima..."

E faz aqueles olhinhos iguais ao do Gato das botas do Shrek... que dá vontade de apertar...

Para quem não viu o filme... É mais ou menos assim que ele fica...

terça-feira, 22 de abril de 2008

Brinquedo novo... Fotos novas...







Já tinham saudades do Farrusco? Prima, queres que o leve para pregar uns sustos ao teus hóspedes roedores não convidados?

Chamas vivas duram pouco..

Ardências, chamas vivas duram pouco, muito pouco,
fazem parte da vida
mas por vezes não compensam
podem queimar coisas definitivamente...

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Amor em tempos de Cólera

Florentino Ariza (Javier Bardem), poeta e telegrafista, encontra o grande amor da sua vida quando avista Fermina Daza (Giovanna Mezzogiono) na janela da casa do pai dela. Escrevendo cartas apaixonadas, aos poucos, Florentino vai conquistando o coração de sua amada. No entanto, o pai de Fermina fica furioso quando descobre o romance, e jura afastar para sempre os dois apaixonados. Fermina casa-se com o Dr. Juvenal Urbino (Benjamin Bratt), um sofisticado aristocrata que a leva para Paris, onde residirão durante vários anos. Mais tarde, o casal volta a Cartagena. Fermina ainda pensa no seu primeiro amor. Por seu lado, Florentino também não a esqueceu. Florentino é um rico proprietário de barcos que mantém casos com várias mulheres, mas seu coração ainda bate por Fermina.




O filme não é nada de extraordinário em termos de produção... mas a história... Gabriel Garcia Marquez... é um senhor...
E o Javier Bardem é extraordinário.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Comentando um post... nasceu uma partilha...

Ainda hoje dizia numa conversa serena, que apaguei do meu dicionário emocional, as palavras: expectativas, ilusões... é claro que o corrector que usei tem um tempo de vida, e é bem possível que se voltem a destapar... mas voltarei a apagar as vezes que forem necessárias...
Quando apagamos a palavra expectativa, damos um novo sentido às palavras: sensação, emoção, palpitação, e até paixão...

Sim, deixemos de nos queixar pelo que não vivemos, mas pensemos no que vivemos com as pessoas que um tempo amámos... que nesse tempo foram as pessoas por quem largávamos tudo...

Se alguma vez na vida sentirmos isso por alguém já vai valer a pena ter vivido...

segunda-feira, 14 de abril de 2008

a pedido....

12º direito

o que versa - " O leitor tem o direito de se esquecer do nome do autor do livro"

(mais uma vez a pedido... mas lembrando-se da mensagem)

se bem que esta parte vai contra o anterior, não posso concordar com esta parte.

sábado, 12 de abril de 2008

11º

Que me desculpe o Pennac pela intromissão ou pela presunção... mas da minha parca e não menos importante experiência aliada a uma conversa amiga, conclui que tem de haver mais um direito do leitor.

O 11º - o que versa que "O leitor tem o direito de não se lembrar do que leu"

quinta-feira, 10 de abril de 2008

3 - O direito de não acabar um livro

"Há trinta e seis mil razões para abandonarmos um livro antes de o acabarmos:
1. o sentimento do "já lido",
2. uma história que não nos prende a atenção,
3. uma total desaprovação das teses do autor,
4. um estilo que nos eriça os cabelos,
5. ou pelo contrário uma ausência de qualidade que não justifica irmos mais além...
É inútil enumerarmos as outras 35995 razões, entre as quais se incluem uma carie dentária, as perseguições do nosso chefe de serviço ou um sismo do coração que nos petrifica a cabeça.
O livro cai-nos das mãos?
pois que caia.
Apesar de tudo, não é Montesquieu quem quer, nem todos conseguimos consolar-nos de um desgosto com uma hora e leitura.
No entanto, de entre as razões para abandonar uma leitura, há uma que merece um pouco de atenção: o vago sentimento de derrota. Abri, li, e de repente sinto-me submergido por qualquer coisa mais forte do que eu. Reuni os neurónios, lutei com o texto, mas não há nada a fazer, e se bem que tenha o sentimento de que o que está escrito merece ser lido, não percebo nada - ou quase nada - tenho uma sensação de "estranheza" que não me dá hipótese.
E abandono.
Ou melhor, pondo de lado. Arrumo o livro na estante com o vago projecto de a ele voltar um dia. O Petersburgo de Andrei Bielyi, Joyce e o seu Ulisses, Debaixo de um Vulcão de Malcon Lowry, esperam por mim vários anos. Há outros que ainda estão à minha espera, e desses provavelmente alguns continuarão para sempre à espera. Mas não é um drama, é assim mesmo. A noção "maturidade" é algo estranho em matéria de leitura. Que até certa idade não tenhamos idade para certas leituras, vá que não vá. Mas, ao contrário de alguns vinhos, os bons livros não envelhecem. Continuam à nossa espera nas estantes, e nós é que envelhecemos. Quando nos julgamos suficientemente "maduros" para os lermos, novamente nos dedicamos a eles. E então, das duas uma: ou há encontro feliz, ou um novo fiasco. Talvez voltemos a tentar, talvez não. Mas se até agora não consegui atingir o cimo da Montanha Mágica, certamente que a culpa não é de Thomas Mann.
O grande romance que nos resiste, não é necessariamente mais dificil do que qualquer outro do que qualquer outro... há entre ele - por maior que seja - e nós por mais aptos que estejamos a "compreendê-lo" - uma reacção química que não resulta. Um dia simpatizamos com a obra de Borges, que até ali nos tínhamos mantido à distância, mas mantemo-nos toda a vida afastados da obra de Musil...
Temos, então, uma opção: ou consideramos que a culpa é nossa, que nos "falta um parafuso", que temos uma falha qualquer, ou vasculhamos a noção tão controversa de gosto e procuramos traçar o mapa dos nossos.
É prudente recomendar aos nossos filhos esta segunda solução.
Tanto mais que pode proporcionar-nos um raro prazer: reler, compreendendo finalmente por que razão não gostamos. E ainda outro raro prazer: ouvir sem emoção o pedante de serviço bradar-nos aos ouvidos:
- Mas será possível que não goste de Stendhaaaaal?
É."

mais uma vez.... in "como um Romance" de Daniel Pennac

Reconciliações

É como no amor... Não pedir nada em troca...

" Para que haja esta reconciliação com a leitura, existe uma única condição: não pedir nada em troca. Absolutamente nada. Não erguer qualquer barreira de conhecimentos prévios em torno do livro; não colocar a mais ínfima questão; não os obrigar a fazer trabalhos de casa; não acrescentar uma palavra que seja às que foram lidas; não fazer juizos de valor, não dar explicações de vocabulário, nem fazer análises de textos, nem biografias... proibição absoluta de "falar acerca de "
Leitura-dádiva.
Ler e esperar.
Não se força a curiosidade, desperta-se.
Ler, ler e confiar nos olhos que se abrem, nas caras que se regozijam, na pergunta que vai nascer e que levará a outras.
Se o pedagogo que existe em mim se preocupa por " apresentar a obra no seu contexto" terá o pedagogo de ser persuadido a que, por agora, o único contexto que importa é o desta turma.
Os caminhos do conhecimento não terminam nesta turma: é aqui que devem começar!
Por agora, leio romances a um auditório que julga que não gosta de ler. Enquanto eu não dissipar esta ilusão, enquanto não fizer o meu trabalho intermédio, nada de sério se poderá ensinar. (...)"

"Como um romance" Daniel Pennac

terça-feira, 8 de abril de 2008

Formiguinha ou cúmplice da inércia

Que almoço, que conversa agradável... há momentos assim... procurámos o sol, mas ele fugiu, mas nós não nos acomodámos com a adversidade e procuramos o sol dentro da nossa conversa, da nossa partilha... chamaram-me de formiguinha e cúmplice da inércia... só um balança poderia comportar estas duas designações, eh eh... beijoca amiga formiga cúmplice não só da inércia...


terça-feira, 1 de abril de 2008

"Quando um ser querido nos dá um livro a ler, é ele que primeiro procuramos nas linhas, os seus gostos, as razões que levaram a colocar o livro nas nossas mãos, os sinais de fraternidade"

Tu não te esforças...

"Tu não te esforças!
Nervosismo, gritos, renúncias espectaculares, portas a bater, teimosia:
- Vamos recomeçar! Desde o principio, cada palavra deformada pela tremura dos lábios.
- Não faças fitas!
Mas com o seu desgosto, não pretendia enganar-nos. Era um desgosto autêntico, incontrolável, que exactamente nos dizia a mágoa de já nada conseguir controlar, de já não desempenhar qualquer papel na nossa satisfação, e que se alimentava muito mais na fonte da nossa inquietação do que nas manifestações da nossa impaciência.
Porque estávamos inquietos.
Uma inquietação que depressa nos levou a compará-lo a outras crianças da sua idade.
E ao falarmos com amigos cuja filha... não, não, na escola vai tudo bem, ele devora autenticamente os livros...
Estava ele a ficar surdo? ou talvez fosse disléxico. Iríamos nós defrontar-nos com uma "recusa escolar"? Iria ele acumular um atraso irrecuperável?
Consultamos vários especialistas: os audiogramas eram o que há de mais normal, os diagnósticos dos ortofonistas eram tranquilizadores, os psicologos estavam perfeitamente serenos.
Então?
Seria preguiçoso?
Estupidamente preguiçoso?
Não, muito simplesmente seguia o seu ritmo, que não é necessariamente igual ao dos outros, e que não é necessariamente o ritmo uniforme da vida, o ritmo de aprendiz de leitor, que tem acelerações e regressões bruscas, períodos de bulimia e longas sestas digestivas, sede de progredir e medo de decepcionar...
Acontece apenas que nós, os "pedagogos", somos usurários apressados. Como detentores do Saber, emprestamo-lo a juros. É preciso que renda. E rapidamente! Se isso não acontece, é de nós próprios que começamos a duvidar"


in "Como um Romance", Daniel Pennac