quarta-feira, 22 de agosto de 2007

brincar a sério...

Os últimos posts são uma procura incessante da minha infância... dos momentos em que se vivia sem preocupações com o futuro e o passado, sem ter de pensar muito na vida... viviamos e pronto. Não tinhamos preocupações, tinhamos sonhos. sonhavamos acordados, e sabiamos brincar com esses sonhos, transformando-os em realidade nas nossas brincadeiras... Porque é que perdemos a capacidade de brincar? é uma coisa tão séria e tão linda.
Ando à procura dessa maneira de viver... aqui e agora... maneira de estar que existia nessa altura... sabemos que nada é igual, mas podemos sempre procurar essas sensações...

Quem ainda não viu o Ratatouille não perca... Há uma cena linda de um regresso à infância e o que isso pode fazer a uma pessoa...

3 comentários:

Guida disse...

Quem é que perdeu a capacidade de brincar? Talvez muitos dos adultos sejam cinzentos e sisudos, mas todos eles têm guardada, algures, essa capacidade deliciosa (são capazes é de não se lembrar que ela existe ou então já não se recordam onde está). Mas tu és uma pessoa colorida que me parece estar agora a redesabrochar (o termo é inventado, mas acho que se aplica na perfeição)... e todas as metamorfoses custam!
Um conselho: se não procurares tanto, encontras mais depressa! Aproveita a vida em toda a sua plenitude e não te deixes vencer pelos cinzentos que encontras.
Um grande beijinho.

Anônimo disse...

Não se perde a capacidade de brincar. Apenas se perde a disposição, pois agora temos de lutar pela nossa sobrevivência... enquanto na infância tudo nos é servido. Na infância somos pequenos reis, nada nos preocupa a não ser a próxima brincadeira. Em adulto há demasiadas coisas em que pensar: trabalho, casa, não ganhar peso (quem pensa nisso), compras e mais compras, trânsito, horários, jogos de amor, jogos de sedução, jogos derivados da nossa ambição... Uff... que canseira!
No meio de tudo isto, mal sobra tempo para se pensar em ser feliz e em fazer feliz quem está à nossa volta, quanto mais para voltarmos à nossa infância...

Quanto às pessoas cinzentas e sisudas, porque não pensar que o mundo de adulto as aborrece mais do que às pessoas ditas divertidas e sociáveis e à primeira oportunidade não correriam para a sua infância? Se calhar, só bastaria puxar por essas lembranças...

Anônimo disse...

Acho que foi o meu velho Lear que em tempos disse

A maturidade é tudo...




Talvez seja maduro saber ser menino.