domingo, 28 de setembro de 2008

Ansiedade

"A menina fez uma cara de que não entendeu quando eu disse para sua mãe que achava que era ansiedade. Expliquei que ansiedade era como uma saudade ao contrário. Ela entendeu menos ainda... Perguntei: "quando você sente saudades de alguém, do papai, da mamãe, de alguém que você não vê há muito tempo e queria muito ver agora, você não fica com o coração encolhido, doído, a respiração fica meio pequena e você morde os lábios?". Ela fez que sim (o caminho parecia certo). Então conclui: "ansiedade é a mesma coisa mas é uma saudade do que não aconteceu ainda... saudade de uma boa nota que você ainda não tirou e não tem como saber se vai tirar, saudade de alguém que ainda não encontrou e não tem como encontrar agora, vontade de ter alguma coisa que você ainda não tem e talvez nem deveria ter. Ela sorriu novamente e assentiu com a cabeça. Ganhei a noite... trabalhei feliz."

blog do pediatra em casa

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Re-aprendendo Francês

Cependant... até agora a palavra que mais gostei...


P - Telemóvel em francês? Casco és doida varrida, já alguém te disse?
C - Xim!
P - A tua mãe sabe disso?
C - Acho que não!
P - Então eu (com o dedo colado ao nariz) vou-lhe dizer!


Obrigada pelo livro, pelo sorriso e pelos braços sempre abertos!!!

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Allways my Cat

"Subo um muro alto, mais alto do que o céu que vejo com meus olhos terrenos.

As pernas doem-me, mas cada vez mais se preparam para a escalda.

Os dedos dos pés sangram entre eles, talvez o caminho seja demasiado árduo para a sua singela pele outrora macia.

Sou frágil, não sou fraca e por isso subo decidida mesmo que com lágrimas a lavarem-me a cara.

O topo é inalcançável, mas a viagem promete ser continuamente aliciante.

Estou há três dias nesta caminhada. Já não me doem as pernas, já não me sagra por debaixo da pele dos pés e as lágrimas transformam-se devagar em marcas que cravam a pele cada vez mais morena, queimada do sol.

Olho para trás e vejo que começo a ser seguida… levo agora atrás de mim sete pessoas que não conheço, mas que sorriem para mim, uma cabrinha do monte, um gato, que não é o meu, um cão azul e um pássaro que sobrevoa a cabeça da cabra em círculos amistosos.

O muro apresenta-se menos tortuoso. Olhamo-nos, rimos, dividimos o pão que alguém traz na mochila presa às costas, bebemos água do cantil que o cão azul traz ao pescoço e decidimos descansar quando nos apetecer.

Estamos nestas andanças há sete dias. As marcas na cara desapareceram debaixo de um bronze cor de ouro.

A noite cai e entrelaçamo-nos nos braços quentes uns dos outros. Usufruímos desse conforto. Conhecemo-nos cada vez melhor e o meu melhor amigo é neste momento o cão azul, é o mais parecido comigo: destemido, bonito e simples.
Estou feliz. O muro continua alto. O grupo está cada vez maior. Mais gente, mais cães, mais pássaros, mais gatos, mais cabras, mais risos, mais lágrimas, mais lábios, mais corpos, mais sol, mais estrelas, mais noites, mais frio, mais vozes, mais vida!
Corro por entre altas árvores que nasceram no muro, rompendo as paredes!"


segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Nunca é demais ler Tolle

Agir

"Se acha que a sua situação de vida é insatisfatória ou até mesmo intolerável, só através da rendição é que você conseguirá quebrar o padrão de resistência inconsciente que perpetua essa situação.Render-se é perfeitamente compatível com tomar providências, com iniciar uma mudança ou alcançar metas. Mas no estado de rendição há uma energia totalmente diferente, uma qualidade diferente que se manifesta na acção."


Poder do Agora, Eckhart Tolle

domingo, 7 de setembro de 2008

Colocação de professores

Vejam até ao fim... É só rir...
"A mãezinha limpava-te a roupa"

"Tantos que não entram, logo tinha de ser ele o escolhido"

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Entrega ao Universo

"O medo não tem cor, nem tamanho, nem forma, nem cheiro
somos nós que lhe damos isso tudo
qdo o sentimos dentro de nós
se quisermos podemos matá-lo com a mesma facilidade que o criámos
basta não lhe darmos um lugar em nós"

Assinado O meu Gato

É mesmo, as coisas tem a importância que lhe quisermos dar!

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Para... as pessoas que acompanham a verdadeira nuvem...

As coisas vulgares que há na vida, não deixam saudade...
Só as lembranças que doem, ou fazem sorrir...
Há gente que fica na história, na história da gente,
E outras que nem o nome lembramos ouvir...
São emoções que dão vida...

(o resto da música é mais triste, mas como eu não estou triste, não ponho)